terça-feira, janeiro 10, 2012

Obrigado a todos que se ofereceram para me dizer quanto é uma chávena de leite ou uma colher de sopa de farinha. Comoveu-me de sobremaneira a vossa preocupacão com os meus êxitos culinários.

Mas, para provar o meu ponto, desafio-vos a irem ao super-mercado, loja do Chinês, IKEA, Makro, EDP, Pingo Doce, etc... e encontrarem-me dispositivos de medida que utilizem essas unidades de chávenas, colheres de sopa e colheres de chá.

Quem conseguir encontrar algo assim será recompensado. 

domingo, janeiro 08, 2012

O desavanço Tecnológico Português.


Cheguei à pouco tempo de Portugal onde passei um belo Natal, com as rabanadas que me escaparam do ano anterior, bolo rei e pão de ló.

Como a minha fêmea-metade é do Algarve e eu sou um desorganizado, a melhor opção de movimentação acabou por ser o aluguer dum carrito. Coisa simples de fazer e que já fiz em vários países facilmente. No dia de pegar no carro, tudo estava em ordem até que perguntei ao homem da Hertz como era com as SCUTs...

E antes de prosseguir aproveito para explicar como é que países atrasados tecnologicamente (de acordo com o nosso desGoverno) tratam as portagens.

Noruega:
Lá, normalmente o valor mínimo da portagem são 20 nok... Sensivelmente 2 euro e tal e são cobrados em estradas em nada comparadas às SCUT, mas isso não é o objectivo do post. Lá o carro está equipado com o dispositivo electrónico e as portagens são depois cobradas pela companhia de aluguer no cartão de crédito e a factura referente enviada para casa do cliente. Simples.

Reino Unido:
A portagem é cobrada através da matrícula e o montante debitado directamente. A factura é também enviada para casa.

Singapura ( o meu favorito):
Os carros são equipados com o dispositivo e existe nesse mesmo dispositivo uma ranhura para um cartão tipo porta moedas multibanco que é recarregável em tudo quanto é loja ou multibanco.
Uma pessoa carrega aquilo e sempre que passa por uma portagem, o valor é debitado directamente. Não há factura, o cartão pode ser usado em lojas e serviços e é redímivel numa loja no fim da estadia em Singapura.
Algo ainda mais interessante lá, as portagens nas vias que fazem a ligação entre áreas residenciais e industriais estão desligadas entre as 6 e 9 e 17 e 20 possibilitando que as pessoas se desloquem para o emprego sem pagar portagem.


Voltando então ao homem do stand, ele diz-me que depois de entregar o carro alguém pode ir dois dias depois aos correios para pagar a portagem.
Eu vou entregar o carro, porque vou voar para fora de Portugal... Os CTT, não têm postos de correio em Londres, como é que faço para pagar a portagem?
"Ahh, depois a multa vem para cá e nós cobrámos a multa no cartão de crédito."

É isto o que o desGoverno gaba de ser um país avançado tecnologicamente???
E para juntar escárnio ao abuso, podemos ver quanto devemos na net, mas não podemos pagar por lá directamente.

Não basta já o rombo que as portagens são para o desenvolvimento do país e aumento da subsidio-dependência e ainda têm de ressabiar a única indústria que dá lucro em Portugal?
Reparem, eu não sou contra as portagens, não concordo é que se coloque um sistema de portagens pensado com as unhas dos pés sem que se perceba os efeitos que isso tem para determinadas zonas e indústrias. O turismo vai ressentir-se, transportes também, bem como populações inteiras. Nesta altura, para fazer face ao défice temos de produzir mais... este tipo de imposto portajeiro não incentiva o oposto.