Choque tecnológico e a Igreja
Ora como está em voga esta expressão do choque tecnológico, e eu nunca fui à Finlândia. Apesar de já ter estado em terrenos finlandês...
E como crítico atento que sou de várias instituições, a Santa Casa da Misericórdia (que não tem misericordia do meu estado de eterno vencido no Euromilhões), Banco Espirito Santo (onde espero que não distribuam prémios como os do Euromilhões. Principalmente com o meu dinheiro) e Igreja (pelo prazer de arreliar)...
Decidi então fazer um exercicio mentalicomasturbatório (Olhem, inventei uma palavra! Sou bom) e imaginar o choque tecnológico na Igreja!
Como será? Têem de ter em atenção que eu não sou adepto de igrejas, mas pelo que vi no Malucos do Riso, Cabaret para o convento e O crime do Padre Amaro chegou para compilar (com um lápis e não com a pila (que ordinário que eu estou)) umas ideias sobre o futuro da igreja com o Governo do Sócrates.
Em primeiro lugar as tecnologias de informação tinham de estar presentes!
Sendo assim, seria aconselhado o uso do Microsoft Powerpoint na celebração da missa. Mas com o devido cuidado não fosse a missa tornar-se numa espécie de karaoke religioso.
Em todo o caso, se e só se o padre for brasileiro é permitido animar a missa com uma sessão de karaoke dos "Êxitos religiosos de todos os tempos Vol.1" ou com os albuns do Frei Hermano da Câmara.
Como hoje em dia e principalmente nas grandes cidades é dificilissimo assistir à missa durante a semana... Trânsito, ir buscar os putos ao infantário, jogos da liga dos campeões, beber um aperitivo com a amante, etc... Os fiéis iriam juntar a sua morada de email à MissaList (MissaList é uma espécie de NewsList mas com o propósito de transmitir missa) da sua paróquia para que o padre transmitisse o sermão e fosse possivel aos fiéis ler o sermão no emprego ou então através de um telemovel de ultima geração. Tão a olhar??? São uns anjinhos que nunca receberam fotos de gajas nuas no email...
O formato das MissaList poderia ser em Microsoft Word ou então, se o padre percebesse de Microsoft FrontPage, visitar o site da paróquia onde a missa seria actualizada em tempo real num linkzito lá metido no meio. Para aquelas paróquias mais ricas, poderia adoptar-se a transmissão via web da Missa, quer por video ou só audio que poderia ser ouvido no Microsoft Windows Media Player.
No caso da IURD, seria enviada ao fim do mês a factura electrónica em formato .pdf com possibilidade de pagamento do dizimo por transferência bancária ou Multibanco.
As confissões seriam feitas por email. Não haveria melhor maneira de manter o sigilo que através do email. E permitia também que os padres claustrofóbicos pudessem confessar, já que aquele cubiculo é muito apertado!
Creio que no caso de jovens pecadoras (Amélia, Soraia, como quiseres, estou a pensar em ti), os padres prefeririam a confissão carnal.
Acham que a ultima frase tem duplo sentido??? Se sim, perceberam a piada.
No que toca às confissões, creio que poderiamos inovar abrindo uma linha para confissões. Podia até ser de valor acrescentado! :) Tou a pensar num numero e 808 666 999 parece-me bem!
Criar um serviço de entrega de hóstias ao domicilio. Ou então, adicionar a venda de hóstias nas máquinas de chocolates. Ou naquelas de café!! Aposto em como criariamos um novo hábito nos Portugueses... um café e uma hóstia. Era bem mais saudável que um pastel de nata! ;)
Celebração de casamentos via messenger. Para quê sair da igreja?
Ligam-se duas camaras em video conferência e já está. Nada mais simples e até barato porque o noivo escusa de comprar as calças do fato e a noiva escusa de levar um vestido comprido.
Os padres podiam e deveriam tirar o curso de padre através de ensino à distância. Nada de estar enclausurado num seminário em risco de ganhar um andar novo!!
A biblia teria de ser reeditada! Talvez fazer Biblia XXI, ou Novo Testamento Redux... algo assim desse género. E teria de incluir os milagres do email para vários destinatários, o Microsoft Pop-up Blocker, videos no telemovel graças ao Microsoft Windows Mobile 5, GPS, pornografia online e videos caseiros.
Creio que já chega de martelar no ceguinhos, ou neste caso, na Igreja!
Depois disto devem estar a pensar como é que eu não dou em ministro...
Não sabem? nem eu, mas pelo menos já mostrei que me dou bem com a Microsoft. LOL
terça-feira, maio 09, 2006
domingo, maio 07, 2006
Estou velho.
Sei que já por várias vezes o disse. Muitas vezes na brincadeira, outras no gozo pela minha condição de careca, umas para fazer charme, mas agora falo a sério.
O dia pelo qual esperava ansiosamente ano após ano, hoje não é mais que um outro dia. Um dia normal. Um sábado.
E vejo-me a fazer algo que critiquei em tempos idos, assumindo assim a minha condição de velho que como todos os velhos esquecem que um dia foram jovens. Vejo-me a criticar e a não perceber a looucura que por várias vezes partilhei.
Refiro-me à queima das fitas. Durante anos contava os dias para tal evento com ânsia imensa e curiosidade pelas atracções desse ano. Atracções essas que em 90% dos casos estava, digamos, "ocupado" demais para assistir.
E hoje entro no recinto e não compreendo a loucura esfuziante que um dia me preencheu e animou da mesma maneira que anima todos os estudantes que lá estão. Sei que na altura a queima era a semana santa, o descanso e relax da nossa actividade. Mas o que é certo é que a vida de estudante era boa, aliás, era maravilhosa. Aprender, sentirmo-nos a mudar, sentir a nossa visão sobre as coisas ficar mais clara, os amigos, as festas (não era só na semana da queima), os amigos, as viagens de autocarro, os exames, as noitadas escusadas porque pouco se trabalhava nelas... Tudo isso, vejo agora, era bom!
Tá certo que os professores podem ser uns sacanas, mas não mais que os patrões, chefes, clientes, e por vezes companheiros de trabalho. E foi isso que mudou em mim.
Foi ganhar uma nova perspectiva que na altura não tinha, nem tão pouco me dei ao trabalho de imaginar.
Vale a pena, no entanto, ir a um dia de queima. Vale pelos amigos que deixamos de ver por termos começado a trabalhar e que lá reencontramos diferentes. Uns casados, outros com filhos, uns que vieram tirar umas férias do emprego no estrangeiro... Mas principalmente pela excitação nas caras dos caloiros.
A excitação de pela primeira vez pertencerem ali em vez de serem os "xavalos do secundário" que iam lá para ver ninas bonitas (o termo usado por eles é "Boas"), beber uns copos baratos e tar ali com a malta fixe que anda na faculdade.
Sei que após a primeira noite de queima das fitas a que fui, fui trajado.
E nessa mesma noite prometi nunca mais lá entrar com o traje académico vestido. Levei 3 anos a cumprir a promessa, mesmo após a ter repetido tantas outras vezes.
Levarei mais 3 anos a cumprir a promessa de lá não voltar?
Sei que já por várias vezes o disse. Muitas vezes na brincadeira, outras no gozo pela minha condição de careca, umas para fazer charme, mas agora falo a sério.
O dia pelo qual esperava ansiosamente ano após ano, hoje não é mais que um outro dia. Um dia normal. Um sábado.
E vejo-me a fazer algo que critiquei em tempos idos, assumindo assim a minha condição de velho que como todos os velhos esquecem que um dia foram jovens. Vejo-me a criticar e a não perceber a looucura que por várias vezes partilhei.
Refiro-me à queima das fitas. Durante anos contava os dias para tal evento com ânsia imensa e curiosidade pelas atracções desse ano. Atracções essas que em 90% dos casos estava, digamos, "ocupado" demais para assistir.
E hoje entro no recinto e não compreendo a loucura esfuziante que um dia me preencheu e animou da mesma maneira que anima todos os estudantes que lá estão. Sei que na altura a queima era a semana santa, o descanso e relax da nossa actividade. Mas o que é certo é que a vida de estudante era boa, aliás, era maravilhosa. Aprender, sentirmo-nos a mudar, sentir a nossa visão sobre as coisas ficar mais clara, os amigos, as festas (não era só na semana da queima), os amigos, as viagens de autocarro, os exames, as noitadas escusadas porque pouco se trabalhava nelas... Tudo isso, vejo agora, era bom!
Tá certo que os professores podem ser uns sacanas, mas não mais que os patrões, chefes, clientes, e por vezes companheiros de trabalho. E foi isso que mudou em mim.
Foi ganhar uma nova perspectiva que na altura não tinha, nem tão pouco me dei ao trabalho de imaginar.
Vale a pena, no entanto, ir a um dia de queima. Vale pelos amigos que deixamos de ver por termos começado a trabalhar e que lá reencontramos diferentes. Uns casados, outros com filhos, uns que vieram tirar umas férias do emprego no estrangeiro... Mas principalmente pela excitação nas caras dos caloiros.
A excitação de pela primeira vez pertencerem ali em vez de serem os "xavalos do secundário" que iam lá para ver ninas bonitas (o termo usado por eles é "Boas"), beber uns copos baratos e tar ali com a malta fixe que anda na faculdade.
Sei que após a primeira noite de queima das fitas a que fui, fui trajado.
E nessa mesma noite prometi nunca mais lá entrar com o traje académico vestido. Levei 3 anos a cumprir a promessa, mesmo após a ter repetido tantas outras vezes.
Levarei mais 3 anos a cumprir a promessa de lá não voltar?
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