sexta-feira, julho 28, 2006

A Praia... (Continuação do episódio anterior)

Como eu deixei no texto anterior, aconteceram mais acontecimentos nessa famigerada ida à praia com o meu primo. O primeiro foi mesmo aquele par de meloas que se atravessou no nosso caminho. E o segundo foi algo que eu nem sei como classificar... ou melhor, até sei! Chama-se paneleirice!!! Da grossa!

Ora já depois de duas ou três banhocas, uma delas bem violenta pois fui expelido para fora do mar por uma onda que mais parecia querer afogar-me (a cabra...), estava eu todo consolado a tostar quando aparece um casalito e estende a toalha mesmo ali ao nosso lado.
Bom, a praia é de todos... e sempre é mais uma tola ao nosso lado! ;)

Nisto o gajo começa a falar que gostava deste e daquele videojogo... e que um ano ele praticava daquilo inúmeras horas por dia e coisa e tal, e tal e coisa... e que depois já dava porrada a todos os vizinhos nesse jogo, e que depois na segunda versão do jogo ele já tinha mais dificuldade, etc, etc...
E estava eu já a desligar o meu receptor da conversa quando o gajo começa a dizer que num Verão ele ia para casa do amigo X jogar videojogos... e ele tinha em casa filmes porcos... e então puseram-se a ver e qual não é o espanto pelos vistos o amigo soltou a frase: "Faço-te a ti e tu fazes-me a mim!"...

E segundo o nosso artista veraneante que continuava a contar isto à sua amiga, foi muito engraçado... porque ele tocava, e o outro também e nunca lhe tinham feito aquilo... e depois começa a contar todas as peripécias e encontros que teve deste género... Relembro-vos que contou isto a uma tipa.

E então sai-se com a pérola!!! Vira-se e diz que também fez um botão de rosa ao amigo... e pelos vistos num carro velho e que cheirava muito mal!! Ora, tá-se aqui a notar que ainda havia alguma réstia de esperança nele... paneleiro que é paneleiro só faz essas coisas em ambientes assépticos!!

E nisto ele conta as dúvidas que teve, e etc... e começa a falar dum engate que fez durante um Carnaval em que ia vestido com a roupa da namorada. Lá está, a minha teoria estava semi-certa! :S lolol

Bom, nisto o Sol já não aquecia muito e o meu primo tinha de ir pra casa preparar-se para dar a sua berlaitada semanal e qual não é o meu espanto, enquanto vinhamos embora, ao ver que a gaja tava todinha sobre ele a meter-lhe a lingua até ao estômago para ver de quem é que ele tinha bebido leite em último lugar...

E pergunto-vos eu, mulheres deste canto à beira mar plantado, esta conversa de admitir actos paneleirescos resulta???
Porque se resultar eu confesso o meu único acto paneleiresco quando abri um video de dois panões a dar uma que me veio por email...

Que tal??? Já se sentem irresistivelmente atraídas por mim????

terça-feira, julho 25, 2006

Este é a sério!!

Ainda antes da continuação da praia, decidi fazer aqui uma intermission... que é como quem diz um intervalo. Devo avisar-vos que este é um post de raiva!!

Sim, estou enervado e vou extravasar a minha raiva!

Certamente que quem trabuca nas ditas empresas de qualidade, aquelas com a bandeira ISO à porta sabe o que custa.
Aquilo é papel para cima, papel para baixo... tudo para ostentar uma bandeira que mais não é do que um embuste, uma farsa e diria até uma fraude!!!! E porquê?

Primeiro porque todo o sistema da qualidade é falsificado.
É um sistema que forma circulo e torna-se vicioso. Ponham-se na pele do auditor, vão a uma empresa, a empresa corre de forma suave, todos os seus processos funcionam por forma a não ter carga burocrática e assegurar um funcionamento com o minimo de falhas (é preciso nunca esquecer que a qualidade não é um objectivo económico... aquela coisa da curva da banheira) e então... pensam no futuro!!

Ora se eu digo a estes artistas, estes artifices da rapidez e descomplicação que isto está muito bom, eles não vão querer saber de mim... lá se vai o meu emprego!!
E então pegam em todos os pontos da norma, aquela que diz que apenas serve como linhas gerais e guia de boa conduta, e exigem que se cumpra todos os pontos seja qual for a carga económica, humana e ecológica também...

E assim a pouco e pouco as empresas vão ficando atadas, presas em rios de papel com o carimbo da qualidade que em nada traz valor acrescentado à empresa. E digo presa porque a partir do momento em que a empresa está toda definida por procedimentos, processos, instruções e registos, deixa de haver liberdade... deixa de haver vontade! Quem é que vai tentar uma melhoria na sua acção se isso implicar criar novos procedimentos, novos registos, fazer o controlo documental, tirar cópias, recolher os obsoletos, fazer a distribuição das novas versões, etc... Ninguém! Até porque não reconhecem valor nenhum a esta treta da Qualidade.

E depois temos a figura do auditor, eu sei que não sou brilhante, ainda tenho muito para aprender, mas compreendo que por muito boa que uma pessoa seja, não pode dominar a fundo todo e qualquer processo e procedimento de uma empresa. Não imagino alguém que seja muito bom tecnicamente a ser um ás da contabilidade, processos comerciais, logisticos e de gestão humana. Mas no entanto, são pessoas com deficiências nalgum campo das organizações que auditam e auferem da qualidade duma empresa em apresentar um produto conforme! Não sei porquê, mas isto soa-me a falso!!

E no meio desta baralhada toda, resta-me perguntar: "Onde caralho está a Quercus, Os Verdes, e tudo o que é organização ambientalista???"
Porque carga de água não contabilizam o papel desperdiçado diariamente (ao fim de um ano, imagino uma boa floresta depleta de árvores a preencherem gabinetes e arquivos por este mundo fora) em registos, impressos e afins inuteis para a qualidade final do produto???

Porque é que não se queixam do consumo de papel para esta causa vã e vazia???

Só mesmo na terra do Zé Povinho... :(