sexta-feira, agosto 22, 2008

Polaris Chronicles (Ou o complicado mundo da classificação de fãs.)

Vamos lá a ver se eu ponho isto tudo em pratos limpos. Isto das fãs tem sido uma complicação para os cérebros das minhas fãs, que de tão atarefadas com as lides domésticas e daquelas coisas de mulheres não conseguem discernir um pouco sobre o sistema inventado por mim.
Portanto cá vai, o meu sistema funciona em pirâmide de 3 patamares.
A número um (com muitos pontos de avanço é a minha prima).
A número dois (com muitos pontos de atraso é a minha mãe).
Antes das fãs número 3, que tanta polémica geram, temos aquilo a que os ingleses chamam de “runner up” (eu chamo-as de fraccionárias, 2.5, 2.7, 2.8) ao lugar número dois. E dentro desta categoria temos… não vou revelar o número porque… gosto do suspense (ou não curto encarar a realidade do número 0).
Por fim, temos as fãs número 3.
E as fãs número 3 estão todas alinhadas em fila horizontal no fundo da pirâmide. Não há que enganar minhas amigas!
Como é óbvio, eu sou um gajo ordenado e como tal, decidi que dentro da linha horizontal em que todas as fãs numero 3 estão inseridas devia haver uma ordem (atribuida ao calhas) e foi daí que inventei um index que funciona por numeros. Portanto, dentro das fãs número 3 existem a fã número 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8…
Claro está que isto não importa puto para vocês excepto que existem 3 patamares e que a probabilidade de estarem no patamar número 3 é bem bem acima de 90%.
Por isso, quando eu decidir mimar as fãs número 3 pares, estou apenas a ordenar melhor as ideias e a deixar-vos todas com ciúmes e uns resquicios de dúvida por não saberem se o vosso número é par ou impar.

Vemo-nos um dia destes…

P.S.: Pelos vistos tenho uma fã auto-intitulada de número 7. Deve ter algum fetiche com o Cantona, Figo, Beckham e o pobrezinho do escravo do Man. United.

P.S.1: Estou em casa... na Coreia. Hjemme, søt hjemme. Saí ontem do barco e comprei um relógio... ;) eh eh eh

quarta-feira, agosto 20, 2008

Polaris Chronicles (ou a maravilhosa descoberta do dialecto brasileiro)

Olá olá… Creio já vos ter dito que esta barcaça vai para o Brasil e devido à lei brasileira (e de quase todos os países) tem de ter uma percentagem da tripulação de origem brasileira.
Vai daí tenho passado os dias entre brasileiros que a pouco e pouco foram sabendo que eu sou Português (ainda ninguém me arranjou uma bandeira, né?)
E entre as muitas expressões que vou ouvindo, vou-me divertindo imenso. Especialmente quando falam no sistema de anúncios.
A utilização da palavra ramal… é uma coisa deliciosa. Ou mesmo como usam palavras inglesas metidas no meio duma frase em Português – Brasileiro.
E faço aqui um parágrafo para dar a minha opinião sobre a lingua que se fala no Brasil. Da mesma forma que existem os dialectos em Portugal, o Português pode também ser considerado um dialecto. Mas isto é a minha opinião. :P

Mas estava a falar das palavras usadas no Brasil quando o Lui, um tipo fenomenal, me perguntou se usávamos a palavra bunda em Portugal. E eu disse, envergonhadamente, que se ia usando se fosse para ilustrar o acto de dar umas palmadas na dita… :$ Porque normalmente se usa cú.
Aí (nota-se a influência brasileira?), ele pergunta-me como dizemos para dar uma pica ou injecção. E num Português irrepreensível eu disse “Vais levar uma injecção”.

E… LOL, estamos nisto ele pergunta-me se é usada a expressão: “Vais levar uma pica no cú!”. Pois está claro que usamos… mas só para crianças porque não queremos estar a explicar o que é uma injecção…

(desculpem este paleio todo, mas eu tive de aumentar o interesse no resultado)

Basicamente, bunda é o conjunto completo. Bochecha esquerda, bochecha direita (há quem lhe chame glúteo), alguns pêlos, se a higiene for pouca, uns resquicios de… e aquilo a que vulgarmente chamamos de “olho do cú”. Agora fiquei na dúvida se deva incluir o “triz” existente no sexo feminino como parte da bunda… Hmmm…ok, e metade do triz.
Pois para os brasileiros, Cú é o nosso “olho do cú”…
E pica é nada mais, nada menos que pica para nós. Ahh, esperem.. faltou-me uma cedilha na última pica.
Tão a ver a ideia?

segunda-feira, agosto 18, 2008

Polaris Chronicles (Ou a minha primeira estadia offshore)


Bom… minhas meninas… esta coisa de estar offshore tem os seus atractivos. Mas desta vez o principal atractivo é mesmo o meu quarto.
O quarto 320 é muito provavelmente o melhor quarto da série de navios Mosvold. E porquê?
Pelo simples pormenor da localização. Um gajo chega do trabalho, vai para o balneário tira o fato macaco, coça os tomates, abana-os ligeiramente, estica a pele da gaita, veste os calções, arruma tudo no cacifo e sai do balneário…
Adivinhem qual é o quarto em frente? Exacto. O meu! Aquilo é tão fixe que a maior parte das vezes nem visto os calções para ir para o quarto.

Depois, quando a meio da noite se acorda com uma certa sede ou temos aquela insónia chata que não nos deixa pregar olho ou, como ontem, estamos a mudar de turno e não adormecemos, podemos ir ao coffee-shop (que é a sala ao lado do meu quarto) beber um suminho, um leitinho, um café, comer uma frutinha, comer umas bolachas de água e sal com manteiga de amendoím, ouvir os brasileiros a falar do salário, mulheres, casa, trabalho, insultar os Australianos e Escoceses. Coisa muito bacana mesmo.

A coisa xunga é que a janela dá para o sitio onde estão os barcos salva vidas. O que, mais uma vez é uma condição fenomenal porque nos Domingos de manhã quando aqueles f.d.p.s decidem fazer o teste de evacuação, eu só tenho de sair do quarto e ir até ao fundo do corredor, mas não tem uma vista tão boa como isso.

Agora não sei onde irei a seguir... : LOL E o manager juntamente com a directora de recursos humanos querem falar comigo sobre como me estou a adaptar a isto. :) LOL

Beijos para as fãs numero 3 impares.

Ahh, descobri como não dar cabo dos tintins! ;) Agora posso esticar-me à vontade dentro do fato de macaco. Sabem qual é o segredo? Sabem? Três palavras: "Pedrito de Portugal". Nem mais, ao vestir o fato apenas tenho de ter cuidado de arrumar tudo para um dos lados. Até já tenho uma regra, 2a, 4a, 6a, Domingo para o lado esquerdo, restantes dias para o direito. Funciona às mil maravilhas.

P.S.: Como vi que vocês gostam de fotos... cá vai uma! ;) E reparem que desta vez não tenho a mão nos tomates.

domingo, agosto 17, 2008

Polaris Chronicles (ou o desgostoso Mundo de impostos no valor de Rolex’s)

Estou a escrever-vos lavado em lágrimas meus amigos.
Aconteceu-me uma daquelas catástrofes naturais que deixa qualquer um derrotado. Quando olhei para o recibo de vencimento e vi que paguei 50% de impostos. :’( Só me apetece chorar! Mas tipo… compulsivamente mesmo. Quer-se dizer… um gajo passa 14 dias no mar e ainda tem de pagar 50% do que ganha?
O que vale é que como são 20 dias em Singapura, devo acabar por receber parte dessa massaroca no “IRS” do próximo ano… mas que gostava de começar a colecção de relógios com um Rolex já no próximo mês, isso gostava.

Entretanto, as minhas fãs ficaram todas entusiasmadas com as duas coisas que tinha previstas para este ano e nem sequer sabem o que é… bom, eu lamento dizer-vos que Plitvice é um conjunto de lagos na Croácia… Quem sai de Ancona no ferry, chega à Croácia passadas creio que 4 horas, entra numa camioneta e são 1h30 ou 2h para lá chegar. Disse-me o Ched Nedeljkovic que é de lá.
Enquanto que as “north lights” são a tradução literal da Aurora Boreal em Norueguês para Inglês.
Claro está que a Aurora Boreal é uma impossibilidade matemática de realizar este ano (pesquisem porquê).
E Plitvice durante o Inverno deve ser uma seca. Até porque as croatas andam todas vestidas e não dá pica.

Por falar em pica… não, isto vai ficar para outro dia! ;)