quinta-feira, dezembro 17, 2009

Egypt Chronicles (ou uma dissertação sobre o antigo povo egipcío...)


Aposto que ainda estão a pensar quão malvada será a minha vingança para fazer com que um pobre egipcío andasse atrás de mim a pedir perdão... pois, bem me parecia. Ficam a saber que o tempo resolve a maior parte das questões de vingança por nós pelo que eu, como preguiçoso que sou, não teria mexido uma palha (prolongando assim o tormento do homem ;) )

Mas no final da estadia em Sharm... e atenção, eu adorei Sharm, vá... adorei a praia do resort e o facto de não ter feito nada durante 3 dias com uma bela companhia. Tudo bem que a água da piscina era fria... e que a água quente da banheira de imersão era fria... e que os jactos na mesma banheira eram, como tanta coisa naquele país, uni ou seja, só havia um jacto. Tudo bem que havia mais sinais em russo que em inglês e que a comida era toda de buffet e cara para a qualidade que tinha. Mas a realidade é que foram dias divertidissimos e convenhámos que ficar num resort daqueles pelo preço de 2 jantares, uma água e uma coca-cola não é dispiciendo! LOL

Mas ao ir para o aeroporto de Sharm em direcção a Luxor deparámo-nos com algo que ainda hoje me atormenta o espirito.
Eu já vi as pirâmides... já vi os templos de Luxor e Karnak, já vi os túmulos no Vale dos Reis, o museu Egipcío (vai haver um post sobre isto...) e as jóias do Tutankhamon e fiquei, apesar de estar severamente enojado na altura, fascinado com a grandiosidade de tudo aquilo e quão avançada seria a civilização da altura que conseguiu à custa de mãos humanas contruir semelhantes monumentos.
E eis que chegados ao aeroporto de Sharm, deparámo-nos com uma civilização que não consegue sequer fazer um check-in. Check-in é nada mais, nada menos que o acto de verificar os bilhetes das pessoas e metê-los num avião! Nada mais...
O simples acto de colocar um bloco de pedra dos que constituem as pirâmides (pode até ser um da base) envolve mais esforço, tempo, dificuldade, planeamento, tecnologia e inteligência que meter meia dúzia de caramelos num avião.
E mesmo assim, milénios depois da construção das pirâmides, a civilização que as construiu não encontra gente para fazer um chek-in normalmente.

Isto sim é triste!!!

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