segunda-feira, agosto 09, 2010

London Chronicles (ou a minha opinião sobre o "novo" Harrod's...)

Ora viva minhas gentes.

Como sabem, estou por Londres e como toda a gente que já ouviu falar de Londres e da Rainha, ouviu também falar do Harrods.
Eu para ser sincero, aquilo nunca me convenceu. Tudo bem que era super chique e existia uma forte possibilidade de encontrar por lá uma vedeta do Showbusiness a gastar milhões, mas como nunca fui fã do conceito de department stores (tão vulgar na Ásia), para mim ser o Harrods ou o El Corte Inglés é a mesma coisa, mas mais caro. :\
Então depois da estátua da Diana e do namorado a segurar a pomba branca, aquilo ainda mais piroso ficou... não deixa de ser uma homenagem, mas podiam ter-lhe dado o nome duma rua ou algo do género, não?

No entanto, devo admitir que o edifício e as pessoas que por lá passeavam davam-lhe um certo charme e tornavam a experiência agradável, até certo ponto.

Então um dia destes, deu-nos na veneta de lá ir para ver o que se passava por lá com a nova gerência e ficamos boquiabertos. Acalmem-se a loja ainda lá está.
Se não sabiam, o dono do Harrods, aquele Egípcio que era o pai do namorado da Diana viu-se à rasca com o fisco e decidiu vender aquilo para se mudar para uns ares mais agradáveis, nomeadamente a Suíça. E quem comprou a loja foi a família real do Qatar... para ficar em família, tão a ver a ideia?

Ora, eu não tenho muitos problemas com árabes. Tudo bem que não concordo com muitas das manias deles e não estou com pachorra de visitar nenhum país árabe nos próximos tempos, Jordânia incluída já que há dias caiu um míssil em Aqaba. Mas que esta gentinha que comprou o Harrods tem a mania, isso tem.
Ora vejam este link.
Nem mais 1,5 biliões de libras pela loja e tiverem os brincos nos seus super carros... um deles, o Koenigsegg, só é feito por encomenda. :|

Mas o que realmente me incomodou em toda esta última ida ao Harrods foi que, estando numa cidade multi-cultural como é Londres onde todos os povos coexistem em relativa harmonia e sem, excepção feita a Chinatown, existirem aglomerados étnicos, o Harrods mais parecia uma qualquer rua do Cairo.

Não, não havia vendedores a tentar convencer-nos que o produto deles é que era super bom... mas a maioria das pessoas que estavam por lá eram mesmo árabes. Mulheres de burqa e hijab (véu islâmico) eram aos magotes bem como os típicos machos árabes nos seus fatinhos de fim de semana encostados a qualquer canto com um sorriso de quem quer arrebanhar mais uma mulher para o seu harém. E não nos esqueçamos das maneiras, que são do pior que existe pelo menos em países considerados evoluídos.
Por isso se querem um dia visitar o Harrods, aconselho-vos a mexerem-se e a irem lá o mais cedo possível antes que aquilo vá abaixo sob esta gestão.

Reparei depois ao sair da loja que aquela rua está repleta de negócios árabes... reparem que até o restaurante italiano onde jantámos era dum árabe. E assim fiquei com a sensação que Londres tem os seus conclaves étnicos. China Town ali perto de Picaddily Circus e agora a Arab Street em Knightsbridge. Incrivelmente Londres mais parece Singapura (sem a humidade).

E fica a questão, para quando uma Little India aqui?

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