Lisbon Chronicles (ou uns pormenores que reparei por Lisboa...)
Desta vez vou falar sobre Lisboa. Não é que seja uma cidade que eu gosto. Admito que tem imensos pontos de interesse e lugares espantosos, mas pronto... eu sou nativo duma cidade cinzenta, com ruínhas e ruelas e como tal prefiro, por exemplo, Praga a Lisboa.
Mas houveram duas coisas que sobressaíram nesta semanita que passei por Lisboa que nunca tinha reparado das outras vezes que lá fui/passei.
Então vou começar pelos taxistas. Lisboa é enorme e, ao contrário de Londres, o metro não está em todo o lado. Eu sei que não me posso queixar porque no Porto ainda é pior, mas é um facto que Lisboa é relativamente pequena e andar de táxi é uma possiblidade barata dependendo da hora do dia em que pretendemos viajar.
Os taxistas são todos imensamente prestáveis, exemplo disso é perguntarem qual é o caminho que pretendemos seguir e as conversas bem mais abrangentes que podemos ter com eles. Em Londres, conversar com o taxista é desconfortável. Aquele vidro e o tamanho do táxi fazem com que isso seja muito impessoal. Quase como se estivéssemos numa bilheteira qualquer, tão a ver a ideia?
Mas toda esta prestabilidade (eu invento palavras, sabiam?) torna-se absurda em vários casos... exemplo. Estão táxis numa espécie de praça de táxis com cerca de 3 a 4 hotéis a rodeá-la... eu entro num táxi saído do hotel e a segunda pergunta que o taxista faz é: "Por onde quer ir?".
Amigo, se saímos dum hotel, a probabilidade de não sermos de Lisboa é imensa... poupem-nos ao trabalho de responder a isso. Até porque, queremos sempre ir pela maneira mais rápida. Cabe-vos a vocês saber qual é essa maneira mais rápida... mesmo que estejam a transportar Lisboetas. Mas eu percebo... Lisboa é enorme e existem pessoas que julgam saber mais que vocês... mas normalmente não ficam nos hotéis da sua cidade Natal.
Depois o que soibressaiu foi a quantidade de edifícios cor-de-rosa... como eu disse, o Porto pode considerar-se cinzento. É uma cidade feita de granito e das duas uma, ou o granito é polido e pintar é um desperdício, ou o granito em "crú" fica horrível pintado. Talvez por isso me tenha chamado à atenção o número avassalador de casas pintadas de cor-de-rosa. E eu pergunto, porquê? Querem imitar o presidente da República?
Imaginem que um qualquer general nos vem visitar... não acham de certa forma encorajante a uma invasão ter a capital pintada de cor-de-rosa? Enfim... pensem nisso.
Para terminar, aproveito para dizer orgulhosamente que este e qualquer outro post do meu blog não obedece às regras do novo acordo ortográfico. Se de alguma forma estiver de acordo, peço desculpa. Todos cometemos erros. Mas mais sobre isso a seguir.
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