quinta-feira, novembro 13, 2008

Carlos Chronicles (ou… um ano que se foi.)

Olá fãs…

Curiosamente, ou não. Hoje estou onde estava precisamente há um ano atrás. Mais concretamente em Stavanger. Faz hoje precisamente um ano que apanhei um avião com uma mala cheia para mudar de vida. (Muda de vida se…)
Quase que dá vontade de meter aquela musica pirosa da mala de cartão, mas não vou fazer isso. Eu sou um gajo evoluído e consciente das tendências da moda, por isso levei um saco azul escuro da loja dos trezentos. Saco esse que durou uma viagem tal era a sua qualidade. LOL

E ao fim deste ano, deveria fazer um balanço, etc, etc… bom… ok. Eu faço.
Tratemos da parte económica primeiro. Sim, é melhor! Isto resolveu a parte económica.

Depois podemos passar à parte da realização profissional ambiente de trabalho, etc, etc…
Pois, confesso-vos, não é perfeito! Mas aqui dão-me liberdade para julgar e agir como ache adequado dentro das minhas funções porque, só eu cá estou para as desempenhar. Em Portugal, não sei porquê há sempre um chefe teimoso a meter a pata na poça para mostrar a sua inteligência, ups… enganei-me, falta da mesma e correspondente teimosia. E aqui, apesar de haver pessoas teimosas, preferem desempenhar bem a sua função em vez de falarem do que não sabem.
Algo que também sinto é que aqui reconhecem as minhas capacidades e dizem-no abertamente sem problemas nenhuns para me incentivar a fazer mais.
Apesar de haver alguma incompetência, não é tão gritante como em Portugal, mas não nos podemos esquecer que a incompetência Portuguesa começa na selecção das pessoas. (Não acreditam na minha teoria? Olhem para o parlamento e digam-me qualquer coisa acerca desta preposição.)

Falemos de mim mesmo… Para além de tudo o que aprendi relacionado com o trabalho, não podemos descartar tudo o que conheci e aprendi neste último ano… O preço da cerveja Norueguesa, os noodles Coreanos, as pernas das Filipinas, Singapura, Boom tara tara, Haneyong haseyo, couve flor panada, Singapore Sling no Raffles, Japão, sanitas que lavam o cú, Escandinávia, amigos de muitas nacionalidades, lounges de aeroportos, o cheiro da brisa do mar... há quanto tempo não sentem o odor do mar e por um momento desejar que o tempo pare e fiquem ali envoltos naquele aroma tão bom?
Pois, eu sinto-o todos os dias (ou quase).

Vida amorosa… bom… está na mesma… :\

Portanto, fazendo umas contas diria que a mudança não foi para pior. Claro que tenho saudades de pessoas, sitios, costumes… Da mesma maneira que se parasse agora iria sentir saudades dos noodles, da comida tailandesa, dos colegas de trabalho, das histórias dos roughnecks... parece-me apenas normal que assim seja, não? Mas é a única maneira de realmente dar valor ao que tenho.

Daí que para vos ser sincero apenas ando à procura da felicidade, e não me parece que esteja a caminhar no sentido errado.
Aproveito para responder à eterna pergunta que me fazem e digo, não sei! Não faço ideia de quando me vou fartar disto ou quando terei uma oportunidade melhor. Mas prometo que quando tiver, vocês serão os quartos a saber… logo depois dos cotas, primos e amigalhaços.
E se me conhecem, sabem que eu não curto parar por muito tempo num sitio… ;)

Portanto, daqui a um ano vemo-nos de novo.

P.S.: Fica uma músiquinha que... a modos que cai bem! ;)

2 comentários:

Anónimo disse...

Não concordo muito que "a distância seja a única maneira de realmente dares valor ao que tens".

Anónimo disse...

O que importa é que te sintas bem com o que fazes e com o sitio ou sitios onde estás :) Parabéns pelo que já conseguiste e Força para o que está para vir ;)

Inez