Portugal Chronicles (ou umas deambulacões sobre casórios...)
Tenho a certeza que todos os que já leram pelo menos uns 3 posts do meu blog sabem que não tolero religião. Os motivos são vários e já me alonguei sobre eles noutras ocasiões, mas nunca me debrucei sériamente sobre o que penso sobre casamento. E como estive há dias (tipo ontem) num, decidi deixar-vos aqui um relato do que me impressiona e me faz não querer casar nunca. :)
O principal facto é que o casamento é apenas um contrato. O que une as pessoas que o assinam não está dependente de qualquer ladaínha lá escrevinhada. E no entanto, toda a gente quer um para (tentar) garantir a fidelidade da cara metade. Isto, para mim, não faz sentido. Mas respeito a religião, ou falta dela, de todos nós e como tal escuso-me a comentar a cerimónia religiosa do casamento. Até porque, e estou a ser o mais sincero convosco, é a parte que mais gosto. Os padres têm um jeito especial para fazer-me rir... seja pelas baboseiras que debitam cá para fora ou por algumas frases feitas tipo uma que saiu neste último: "Singular é uma palavra que não tem plural". LOLOL
Mas o que mais me impressionou nisto dos casamentos é mesmo aquilo a que vulgarmente se chama de copo-de-água. Reparei desta vez que todos os chamados copo-de-água são iguais. Lembro-me do casório do Nuno em 2007 e foi exactamente igual a este e pior, este foi exactamente igual a outro a que irei marcar presenca em Julho.
E isto é triste... as pessoas tratam desta festa como tratam uma viagem, vão a uma agência e já está. No caso dos casamentos, escolhem os pratos que querem dar de comer e pronto, o resto vem no pacote.
E depois é todo o exagero... toda a gente come muito mais do que consegue e come pura e simplesmente para satisfazer a gula... o que é um bocadinho perturbador de se ver. Eu sei porque já passei por quase todos os pecados capitais... repetidamente. :) LOL
E no final da festa, depois dumas contas de cabeca ao que os noivos normalmente gastam em tudo isto e em quanto recebem de prendas fica um saldo claramente negativo que poderia ter sido aproveitado em coisas muito mais giras... assim de repente, viver numa ilha isolada da Indonésia durante uma semana. Nada melhor para uma lua de mel, certo?
Enfim, não estou com muita pachorra para escrever... fica apenas um abraco grande aos noivos que me proporcionaram um dia com um espectáculo de Stand-up comedy (igreja), um bom almoco de bacalhau e umas horas de diversão com a amiga e primas da noiva. Não... não foi uma órgia, foi um casamento.
2 comentários:
mas se fosse uma orgia acho que não te tinhas importado nada LOLOL
Beijoca
Inez
Para ti não passa de um contracto, mas para quem casa penso que tem muito mais significado do que isso.
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