Singapore Chronicles (ou o meu desgosto com a Lufthansa...)

Olá minhas gentes.

Como provavelmente não sabem eu gosto da Lufthansa. As hospedeiras são muito mais atenciosas que a TAP, normalmente servem sempre algo para dar ao dente, os aviões têm um aspecto limpo e a tripulação tem um ar profissional e preocupado com o nosso bem-estar. Posso assegurar-vos que são mesmo dos melhores até há uns dias atrás no meu voo de Singapura para Frankfurt.

Então não é que eu ia sentadinho na saída de emergência e as hospedeiras para acomodarem o cromo que ia ao meu lado foram buscar uma caixa de metal( onde costuma ir comida) e meteram-na no chão para sua excelência ficar com os pés ao alto.


Não me levem a mal, eu não estava com inveja do paspalho. Se quisesse pedia uma caixa e também ia com as pernas ao alto, mas não era aquilo contra as regulamentações? É que no voo seguinte, sentado de novo na saída de emergência, as hospedeiras nem uma pochete autorizavam que fosse fora das bagageiras e no entanto aquela caixa foi ali durante 12 horas.

Eu, claro, não me fiquei. Apesar de a minha segurança não estar muito em risco já que iria ser um dos primeiros a sair em caso de acidente e sobrevivência, os que vinham atrás iam sofrer com aquilo ali à frente. Vai daí toca de chamar a hospedeira e perguntar o que aconteceria à caixa numa emergência... A resposta chocou-me.

Não é que ela teve a lata de dizer que se o avião caísse de repente que morríamos todos?
Obrigado... Pensei eu, mas eu como purista que sou quero aproveitar todos os momentos da minha vida, incluindo a morte e não me apetecia nada bater a bota de cabeça rachada por causa duma caixa de metal que não devia estar ali e com a ausência de gravidade me acertou na testa...
Mas talvez seja da idade, não continuei. Se há algo que a idade me ensinou é que não vale a pena discutir com pessoas estúpidas, elas obrigam-nos a descer ao nível delas e ganham em experiência.


Decidi então planear os meus passos para o futuro imediato... Em caso de acidente e já que segundo ela não nos safávamos, ia pegar na caixa e partir a cornadura ao gajo e os dentes à hospedeira. Se tal não acontecesse, ia escrever uma reclamação para a Lufthansa.
Acho que já sabem qual foi a que aconteceu.

Noutras notícias, vi pela primeira vez um gajo que não cabia no assento... Mas não cabia de forma extremamente exagerada mesmo. Hey, eu caibo à pressão nos lugares das low cost asiáticas ( lá pra m@@@a da Air Busan), mas ver alguém que não cabe num assento duma transportadora europeia é algo que não se vê todos os dias. Já nos Estados Unidos... deve ser normal...

Mas pronto, talvez seja eu que esteja a ficar paranóico com isto da segurança nos aviões. Se ao menos soubesse menos de estatística... Lolol

Beijo para a M. e B.